Libia: Khadafi, rebeldes, OTAN - NATO...

O Contraditório

O intuito, como mencionei, é o contraditório, ou seja,  apresentar uma outra visão dos acontecimentos, não podemos nos contentar apenas com um lado da história, é preciso estar atento aos vários lados, por que um deles pode estar  neglicenciando partes da história.

Toda noticia veiculada na imprensa ocidental nos dá conta que os rebeldes na Líbia estão por fazer um feito histórico naquele país (Democracia e Liberdade). Mas, como já disse aqui, o que essa imprensa nativa noticia não se pode levar a sério, "né verdade "? Pois então, diante dessa afirmação, republico aqui um artigo do "Jornal Agua Verde", postado do blog "A Marcha Verde":


O dirigente rebelde Mustafa Abdel Jalil, nomeado pelos governos imperialistas dos EUA, França e Inglaterra “presidente do Conselho de Governo Interino” da Líbia, concedeu uma entrevista coletiva junto ao enviado do secretário-geral da ONU, o diplomata jordaniano Abdelilah al-Khatib, que se apresentou nesta sexta-feira em Benghazi após ter visitado Trípoli no dia anterior, e pediu, ingenuamente, que "As tropas de Kadafi devem abandonar suas posições ao redor das cidades sitiadas para que possamos decretar um cessar-fogo". Ora, a declaração é ridícula. Em primeiro lugar, os rebeldes não passam de grupos de mercenários armados e financiados pela CIA e pela Al Qaeda. Em segundo lugar, os rebeldes estão em fuga após promover massacres e atos terroristas em diversas cidades líbias. Dezenas de policiais líbios foram assassinados e tiveram os corpos incinerados em praça pública na cidade de Benghazi. Em nenhum momento foi cogitada qualquer possibilidade de vitória dos rebeldes na Líbia, a não ser nos veículos de comunicação do Ocidente.

Abdel Jalil também disse que para que se cumpra esse cessar-fogo o regime de Kadafi "deve permitir liberdade ao povo para que expresse seus pontos de vista". Outra frase ridícula. Ao recuperar a bandeira da monarquia líbia, os rebeldes desejam trocar o governo de Democracia Direta (Congressos e Comitês Populares) de hoje por uma monarquia corrupta do passado, nos moldes da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Omã, Jordânia entre outros.

A possibilidade de um cessar-fogo foi discutida nesta sexta-feira entre os líderes rebeldes e o enviado especial da ONU, que previamente fez consultas parecidas com as autoridades do governo de Trípoli.
O enviado da ONU disse que, uma vez conhecidos os pontos de vista das duas partes, encaminhará suas conclusões para serem estudadas na sede das Nações Unidas em Nova York.

Al-Khatib afirmou que a possibilidade de conseguir um cessar-fogo era um dos três pontos das conversas que manteve tanto com representantes do regime, quanto com os dirigentes rebeldes.
Os outros dois eram a proteção dos civis e a necessidade de que as agências humanitárias possam entrar em todas as áreas do país a fim de cumprir sua missão.

Esse discurso retórico não passa de continuidade da política de mentiras enquanto continuam os ataques terroristas promovidos pela coalizão dos EUA, Inglaterra e França, através da OTAN, contra a população civil da Líbia. A opinião pública mundial tem certeza – apesar das mentiras diárias da imprensa controlada pelos EUA – que o objetivo desta guerra de agressão é dividir o país para roubar petróleo líbio, um ato criminoso, cópia fiel da covarde invasão do Iraque, que destruiu a infra-estrutura do país e permitiu que os EUA roubem diariamente toda a produção de petróleo iraquiano, enquanto a população daquele país sofre com falta de alimentos, luz, água e combustíveis. E isso a imprensa mercenária não mostra.

O “bombardeio humanitário” dos exércitos de EUA-anglo-franceses devem ser chamados pelo seu nome real e verdadeiro: ataques terroristas para roubar riquezas naturais do país agredido. Desde o início dos ataques os agressores desejavam estabelecer uma zona de exclusão para construir um governo paralelo, separando o leste do país, onde estão as maiores jazidas de petróleo. Mas apesar de todos os bombardeios e ataques terroristas, a coalizão não consegue estabelecer a tal zona de exclusão porque o país está unido sob a liderança de Muamar Kadafi, e todos os dias os partidários de Kadafi avançam deforma segura para eliminar os pequenos bolsões de rebeldes mercenários.

A Resolução nº 1.973 do Conselho de Segurança da ONU operou como cavalo de Tróia, e era esse seu objetivo inicial: permitiu que o consórcio EUA-anglo-francês – e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – se convertesse em força aérea da ONU usada para apoiar um levante armado. Esse ato criminoso não tem nada a ver com proteger civis, esse arranjo é absoluta e completamente ilegal em termos da legislação internacional. O objetivo final aí ocultado, que todos conhecem, mas que ninguém assume ou confessa, é mudar o governo na Líbia para permitir o roubo de petróleo.

A cada dia que passa os chamados “rebeldes” perdem espaço e são vistos em suas verdadeiras faces de terroristas mercenários a serviço do roubo e do massacre de uma população civil indefesa. A proposta apresentada de cessar-fogo é apenas mais uma artimanha de grupos derrotados, à espera da ajuda da CIA, anunciada por Barack Obama, o chefe da quadrilha de salteadores a serviço das empresas petrolíferas norte-americanas e européias.

Esta guerra contra a Líbia já foi perdida pelas potências estrangeiras, inclusive junto à opinião pública mundial, que não acredita na imprensa mercantilista a serviço do imperialismo norte-americano. Mas o pior de tudo no balanço das tragédias, além das perdas de vidas de centenas de civis inocentes líbios, é a criação de um precedente junto às Nações Unidas, segundo o qual nenhuma nação, nenhum povo deste planeta, está a salvo das garras criminosas das potências imperialistas, porque a ONU traiu e sempre trairá seu propósito de preservar a paz mundial.