Terremoto

Com as recentes noticias de um terremoto seguido de um tsunami de proporções devastadoras no Japão, que ceifou grande numero de vidas humanas, as pessoas se perguntam, "como acontece tal fenomeno"?

Para entender como acontecem os terremotos de forma simples, o terremoto é um tremor de terra que pode durar segundos ou minutos. Ele é provocado por movimentos na crosta terrestre, composta por enormes placas de rocha (as placas tectônicas). O tremor de terra ocasionado por esses movimentos é também chamado de "abalo sísmico".
Essas placas se movimentam lenta e continuamente sobre uma camada de rocha parcialmente derretida, ocasionando um contínuo processo de pressão e deformação nas grandes massas de rocha.

Quando duas placas se chocam ou se raspam, elas geram um acúmulo de pressão que provoca um movimento brusco. Há três tipos de movimentos: convergente (quando duas se chocam), divergente (quando se movimentam em direções contrárias) e transformante (separa placas que estão se deslocando lateralmente).

 
1- Falha transformante
São criadas por duas placas que deslizam uma ao lado da outra. O atrito entre elas guarda muita tensão, que pode causar terremotos. Um exemplo dessa falha á a San Adreas - EUA, que corta a costa da California e o litoral oeste do México.
2 - Placas convergentes 1
São placas que vão uma de encontro a outra. a placa mais densa mergula para baixo da menos densa. É o caso do choque de uma placa oceanica (mais densa) e a outra continental.Quanda essas placas se comprimem, acabam dando origem a cadeias montanhosas. Os Andes, por exemplo, nasceram do choque entre duas dessas placas, a oceanica de Nascaz e a continental Sul-Americana. As regioes onde esse tipo de choque ocorre são suscetíveis a terremotos.
3 - Placas divergentes
Diferentes das demais, são as únicas placas que se afastam uma da outra. Pela falha aberta na crosta pode escapar magma, dando origem a ilhas vulcanicas (como a Ilha de Pascoa no Chile). O oceano Atalntico é cortado por uma falha desse tipo, que esta afastando a America do Sul da Africa.
4 - Placas convergentes 2
Diferente das convergentes 1 que se chocam e a mais densa mergulha sobre a menos densa, essas placas tem a mesma densidade, chocam-se e se comprimem. O Himalaia, por exemplo, é resultado do choque entre as placas Euro-Asiatica e Indiana.


Pra não esquecer:
Falhas Geologicas (animação)





Alterações no relevo

Os movimentos convergente e divergente das placas provoca alterações no relevo. A cada choque, a placa que apresenta menor viscosidade (mais aquecida) afunda sob a mais viscosa (menos aquecida). A parte que penetra tem o nome de zona de subducção.



No oeste da América do Sul, por exemplo, o afundamento da placa de Nazca sob a placa continental originou a cordilheira dos Andes.


No Japão ocorreu o terremoto seguido de um Tsunami, em que seu epicentro foi proximo da costa.
Os tsunamis são originados pelo deslizamento de grandes massas de terra no mar e principalmente quando o ponto de origem de um terremoto (o epicentro) é submarino. Aí a tal energia mecânica liberada provoca o deslocamento de grandes massas de água, constituindo as ondas gigantescas que são chamadas de tsunamis ou maremotos. Podemos agora explicar facilmente o que houve no Japão: esse país está situado no limite entre de grandes placas tectônicas, a da Eurásia e do Pacífico. A tensão entre as mesmas gerou o terremoto fortíssimo, cujo epicentro estava localizado debaixo do oceano, mas próximo da costa. Isso explica a rapidez com que o tsunami varreu o Japão logo após o abalo principal.

A figura mostra o Japão sobre o encontro das três placas tectônicas


Essa figura dá uma idéia de como acontece um Tsunami.


Medição
Os sismógrafos são instrumentos utilizados para registrar a hora, a duração e a amplitude de vibrações dentro da Terra e do solo.
Eles são formados por um corpo pesado pendente a uma mola, que é presa a um braço de um suporte preso num leito de rocha. Se a crosta terrestre é abalada por um terremoto, o cilindro se move e o pêndulo, pela inércia, se mantém imóvel e registra em um papel fotográfico as vibrações do solo.

Os terremotos são classificados principalmente pela escala de Richter, fórmula matemática que determina a largura das ondas.

A escala de Richter não tem limite máximo. De forma geral, terremotos com magnitudes de 3.5 ou menos são raramente percebidos; de 3.5 a 6.0 são sentidos e causam poucos danos; entre 6.1 e 6.9, podem ser destrutivos e causar danos em um raio de cem quilômetros do epicentro; entre 7.0 e 7.9, causam danos sérios em áreas maiores; e de 8 em diante são destrutivos por um raio de centenas de quilômetros.
Há também a escala Mercalli, menos usada, com valores que vão de zero a 12 pontos. Menos precisa, a escala classifica os terremotos de acordo com o seu efeito sobre construções e estruturas.


NO BRASIL
O Brasil fica em cima de uma grande e única placa tectônica, ao contrário de outros países como os Estados Unidos e Japão. Nesses locais, existe o encontro de duas ou mais placas. As falhas entre elas são, normalmente, os locais onde acontecem os terremotos maiores.

No Brasil, as falhas são apenas pequenas rachaduras causadas pelo desgaste na placa tectônica, que levam a pequenos tremores, como os que aconteceram em Brasília (DF), em 2000, em Porto dos Gaúchos (MT), o mais recente, em 1998, e em João Câmara (RN), em 1986 e em 1989.

Além disso, em alguns Estados brasileiros são registrados tremores de terra. Os abalos são reflexos de terremotos com epicentro em outros países da América Latina. Então , no Brasil , é muito pouco provável , que ocorra um terremoto.