De 1967 a 1995

A história do conflito israelo-palestino desde 1967 é um rosário de planos de paz abortados, de esperanças frustradas e, como nos períodos anteriores, de violência, sangue, destruição e lágrimas. Referiremos só, rapidamente, os fatos, os acontecimentos e as datas que nos parecem mais marcantes e susceptíveis de ajudar a compreender a situação atual.
Começaremos por assinalar uma mudança nos papéis desempenhados pelos intervenientes no conflito. A anexação da Cisjordânia pela Jordânia em 1950 e a passagem da Faixa de Gaza para a tutela do Egito levaram a uma espécie de eclipse do povo palestino. A situação mudou a partir de 1967. O povo palestino voltou a tomar em mãos o seu destino. Por mais que se tenha esforçado por negar a sua existência, Israel teve finalmente que reconhecer o povo palestino não só como povo, mas também como "interlocutor/inimigo" inevitável. Encarnou as aspirações nacionais palestinas a Organização de Libertação da Palestina (OLP) uma coligação de partidos ou grupos que havia sido criada em Jerusalém, em 1964. Tal como foi formulada em 1968, a Carta da OLP, na linha do que sempre fora a política palestina, propunha-se como objetivo a criação do Estado da Palestina em todo o território nacional. Isso implicava o desaparecimento do Estado de Israel. A carta da OLP considerava os judeus que viviam na Palestina antes da "invasão sionista" como palestinos com pleno direito à cidadania, como os demais habitantes: muçulmanos, cristãos e de outras religiões ou etnias.
A chefia da OLP esteve na Jordânia até 1971. Derrotada no conflito armado que a opôs ao Governo Jordaniano (Fevereiro e Setembro de 1970) a OLP foi expulsa desse país em 1971, instalando-se então no Líbano. Na seqüência desses acontecimentos, alguns grupos palestinos, que se apelidaram "Setembro Negro", lançaram-se numa campanha de guerrilha internacional, cujas ações mais espetaculares foram os numerosos desvios de aviões comerciais e o atentado contra os atletas israelitas que participavam nos Jogos Olímpicos de Munique a 5 e 6 de Setembro de 1972.
No dia 6 de Outubro de 1973, o Egito e a Síria tentaram, em vão, reconquistar militarmente cada qual os territórios conquistados por Israel em 1967. No dia 22 do mesmo mês, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a Resolução 338 que reafirma a validade da Resolução 242 e apela para um cessar-fogo e para negociações com vistas a "instaurar uma paz justa e duradoura no Próximo Oriente". Os combates cessaram três dias mais tarde.
No mês seguinte, a Liga Árabe, reunida na Cimeira de Argel (26 a 28 de Novembro de 1973) declarou a OLP único representante do povo palestino. Desde 1970 a assembléia Geral da ONU afirmava regularmente o direito do povo palestino à auto-determinação. No dia 13 de Novembro de 1974, Yasser Arafat fez um discurso na assembléia Geral da ONU. Esta reconheceu aos palestinos o direito à independência e concedeu à OLP o estatuto de observador. A idéia da criação do Estado da Palestina só em parte do território nacional, já abordada em Junho de 1974, foi aceite no 13º Conselho Nacional Palestino, de 12 a 20 de Março de 1977.
No dia 17 de Setembro de 1978, foram assinados os acordos de Camp David entre o Egito, Israel e os EEUU. Israel devolveu o Sinai ao Egito. Paralelamente à retirada do Sinai, que terminou a 25 de Abril de 1982, Israel intensificou a colonização da Cisjordânia e do Golã. Em conformidade com os acordos de Camp David, o Egito e Israel começaram, a 25 de Maio de 1979, negociações sobre um estatuto de autonomia para os palestinos da Cisjordânia e de Gaza, não escondendo Israel a intenção de anexar esses territórios no termo dos cinco anos previstos para a autonomia.
No dia 6 de Junho de 1982, Israel invadiu o Líbano com a intenção declarada de expulsar de lá a OLP. Nos termos de um cessar-fogo negociado sob a égide dos EEUU, as forças da OLP foram evacuadas do Líbano entre 10 e 13 de Setembro desse ano, mudando-se a sua chefia para Tunes. Foi então que se deram os massacres de Sabra e de Chatila. Entre os dias 15 e 16, o exército de Israel ocupou a parte ocidental de Beirute. No dia 16, forças libanesas (milícias cristãs aliadas de Israel) entraram nos campos de refugiados palestinos de Sabra e de Chatila e mataram homens, mulheres e crianças (Embora se utilizem da palavra "cristãs", essas organizações israelitas, "milícias cristãs", não têm o aval, nem a mais remota participação da Igreja Católica, ou das outras Igrejas Cristãs). Os soldados israelitas que cercavam os campos assistiram aos massacres sem intervir. Segundo a comissão de inquérito oficial israelita houve 800 mortos; segundo a OLP, terá havido 1500. 
A dita comissão israelita concluiu que Ariel Sharon, então Ministro da Defesa, foi indiretamente responsável pelo sucedido.
No dia 9 de Dezembro de 1987 rebentou a primeira Intifada (insurreição) em Gaza e na Cisjordânia contra a ocupação.
No dia 31 de Julho de 1988, o rei Hussein da Jordânia anunciou oficialmente que rompia "os vínculos legais e administrativos" do seu país com a Cisjordânia, renunciando à pretensão de soberania sobre esse território que havia sido anexado pelo seu avô em 1950.
No 19º Conselho Nacional palestino, reunido em Argel, a OLP proclama o Estado da Palestina no dia 15 de Novembro de 1988, aceita as resoluções do Conselho de Segurança da ONU 181, 242 e 338 e reafirma a condenação do terrorismo.
Na seqüência da chamada "Guerra do Golfo", houve a Conferência Internacional de Madrid (inaugurada no dia 30 de Outubro de 1991) e as primeiras negociações bilaterais entre Israel e três dos seus vizinhos árabes (Jordânia, Síria e Líbano). Os palestinos ainda não tiveram a sua delegação própria. Fizeram parte da delegação jordaniana.
Negociações secretas entre israelitas e palestinos tidas em Oslo, no Inverno de 1992-1993, levaram finalmente ao reconhecimento entre Israel e a OLP a 9 de Setembro de 1993. A 13 do mesmo mês Yasser Arafat e Isaac Rabin assinaram em Washington a "Declaração de Princípios sobre as Disposições Interinas de 'Auto-Governo'". A dita declaração determinava a entrega de parte da Cisjordânia e da Faixa de Gaza aos palestinos, entrega essa concebida como a primeira etapa de um processo que deveria desembocar, no prazo de cinco anos, na solução do conflito que opõe os palestinos e os sionistas/israelitas desde há quase um século. De fato, Yasser Arafat entrou em Gaza no dia 1º de Julho de 1994 e o exército de Israel terminou a retirada das cidades palestinas, exceto de Hebron, em Dezembro de 1995. Os palestinos viram nesse fato o começo da realização do sonho de um estado palestino independente, embora só em cerca de um quinto da sua pátria e dividido em duas partes (Cisjordânia e Faixa de Gaza) separadas pelo território de Israel. Incluindo Jerusalém Oriental, a Cisjordânia tem uns 5.850 Km2. A Faixa de Gaza tem uns 365 km2.

Para entender o que ocorre entre Palestinos e Judeus, serão postados textos que expliquem de forma direta e simples para a compreensão dos conflitos na região.

Desde 1995

No dia 23 de Outubro de 1998, Israel e a Autoridade Palestina assinaram o memorando de Wye River que previa a entrega à Autoridade Palestina de mais 13% do território da Cisjordânia no prazo de três meses, mas passados menos de dois meses, a 18 de Dezembro, Israel suspendeu a sua aplicação.
No dia 4 de Maio de 1999 terminou o período da autonomia palestina previsto na "Declaração de Princípios". Sob a instigação do Presidente dos EEUU, Bill Clinton, Yasser Arafat e Ehud Barak assinaram, no dia 4 de Setembro do mesmo ano, o memorando de Charm ech-Cheikh, que redefinia o calendário para a aplicação do memorando de Wye River e, além disso, estipulava a abertura de dois corredores seguros entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a libertação de mais um grupo de prisioneiros palestinos e o começo das negociações sobre todas as questões ainda em suspenso. Tudo isso ficou letra morta. Bill Clinton convocou de novo Yasser Arafat e Ehud Barak com os quais se reuniu em Camp David de 11 a 24 de Julho. As negociações avançaram, mas não se chegou a um acordo. Seguiram-se ainda outras tentativas de negociações instigadas igualmente por W. Clinton, prestes a terminar o seu mandato. A última dessas tentativas teve lugar em Taba (Egito) de 21 a 27 de Janeiro de 2001, dias antes de os israelitas escolherem Ariel Sharon para seu primeiro-ministro em vez de Ehud Barak.
Resumindo: Os acordos de Oslo não criaram a dinâmica de paz que deles se esperava. Praticamente não se foi além da aplicação do que se previa que fosse só a sua primeira fase. É verdade que Israel se retirou das oito zonas urbanas da Cisjordânia e de cerca de 80% da Faixa de Gaza, deixando assim a maioria esmagadora dos palestinos sob a jurisdição exclusiva da Autoridade Palestina10. Repare-se, no entanto, que as oito zonas urbanas da Cisjordânia são ilhas num mar israelita11. Não havendo contigüidade territorial entre elas, estão isoladas umas das outras. Em condições "normais", essa situação obstrui seriamente a circulação de pessoas e bens e, por conseguinte, todas as atividades, nomeadamente a atividade econômica, dos palestinos. Em situações de "crise", ela permite ao exército israelita reocupar em poucos minutos, e com poucos meios (uns quantos tanques e buldózeres) as cidades palestinas ou sitiá-las, encarcerando nelas os seus habitantes. Pelo contrário, os colonos israelitas continuaram a evoluir à vontade num espaço aberto, dispondo para isso de uma moderna rede rodoviária própria, que não só lhes permite circular na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, mas também os liga ao território de Israel. Longe de parar, como deveria ter acontecido em conformidade com o espírito do "Processo de Oslo", a colonização, sobretudo da Cisjordânia, intensificou-se. Cresceram os Assentamentos de Colonos já existentes e criaram-se outros novos. Para esse efeito, confiscaram-se mais terras. Isto e o não-cumprimento por parte de Israel de outros acordos levaram os palestinos a perder a confiança no "processo de Oslo". A frustração, à altura da imensa esperança que o dito processo havia suscitado, levou os palestinos à beira da explosão. A visita de Ariel Sharon, então chefe da oposição israelita, à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, no dia 28 de Setembro de 2000, serviu de rastilho. O horror do que desde então se passa na Palestina tem ecoado ruidosamente em todo o mundo dia após dia, graças aos meios de comunicação social.

Democracia no Brasil II

Colônia
Durante três dos seus primeiros cinco séculos -do inicio do século XVI ao inicio do século XIX- o Brasil foi parte do vasto império de Portugal, um país pequeno, economicamente atrasado e culturalmente isolado na ponta da Europa Ocidental. E a experiência do Brasil de trezentos anos de conquista e colonização portuguesas, embora importante, foi dominantemente negativa. Dela destacamos:
• Economia em grande parte extrativista baseada na monocultura e na mineração, sendo virtualmente inexistente a indústria manufatureira.
• Economia e sociedade quase que totalmente baseados no comercio de escravos africanos e na escravização de africanos. Na época da Independência, a população do Brasil, entre 4 e 5 milhões(incluindo-se os índios), era menos de um terço branca e mais de um terço escrava.
• Nível educacional geralmente baixo. A educação nunca foi prioridade nas políticas coloniais portuguesas.
• Estado e sistema de governo patrimoniais, burocráticos e autoritários.

Império
Após a independência o Brasil continuou com a mesma economia colonial, maciçamente dependente da exportação de comodities, com o café em continua ascensão. As taxas de crescimento eram relativamente altas, mas em termos de crescimento industrial e avanço tecnológico o Brasil estava atrás com relação aos Estados Unidos, por exemplo, e as disparidades e desigualdades regionais intensificavam-se. o Brasil se torna uma monarquia constitucional, Brasil Império(1822-1889), mantendo a base de sua economia na agricultura com mão-de-obra escrava.
A sociedade também não evoluiu com o Brasil sendo o ultimo Estado independente a abolir a escravidão, o que fez somente em 1888. Com o fim do tráfico negreiro por Dom Pedro II, a liberação de capital permitiu uma maior diversificação da economia brasileira. Então, Dom Pedro II se dedicou a pôr um fim à escravidão, com o que fazendeiros e políticos de todo o país discordavam. Além de desumana, a mão-de-obra escrava é pouco eficiente e gradualmente substituída por Dom Pedro II por braços vindos com a imigração portuguesa, alemã, italiana e espanhola.

O surto de modernização continua com o fim da escravidão (1888), mas Dom Pedro II paga um alto preço por isso e um golpe de estado o tira do poder e acaba com a Monarquia, no ano seguinte. O que se vê a partir de 1889 e da derrubada de Dom Pedro II é um retrocesso na maneira com que os negros são tratados pelo governo, e a um primeiro momento se estabelece um regime, em essência, racialmente preconceituoso.

A República que então se instaura em 15 de novembro de 1889, foi proclamada provisoriamente, com a promessa de um plebiscito dentro de um ano para escolher entre República ou Monarquia, o que só ocorreu em 1993 devido a determinação da Constituição Federal vigente (1988). Dominada por oligarquias estaduais que se sustentavam através de eleições que necesseriamente se alternavam no cargos de maior poder os paulistas e mineiros, por isso a República Velha(1889-1930) tem como suas maiores marcas a política do café-com-leite, que começa em 1894.




Pós 1930
A historia da democracia brasileira assentou-se sob alicerces singulares que merecem referência quando tratamos de analisar a influência de fatores de longo prazo no processo de democratização. Estas bases são de duas naturezas: uma tem a ver com as instituições políticas sob as quais o governo militar operava; e a outra, no domínio econômico, refere-se ao modelo de desenvolvimento seguido e suas conseqüências. [...]
Em síntese, era um arranjo que combinava traços característicos de um regime militar autoritário com outros típicos de um regime democrático. Este arranjo peculiar foi o responsável, em grande medida, por sucessivas crises políticas que acompanharam o regime, fazendo-o se caracterizar por fases alternadas de repressão e liberalização permeadas por crises políticas resultantes de conflitos dentro do exército e entre estes grupos e a oposição democrática. A instabilidade que acompanhou o governo dos militares no Brasil, indicativo da dificuldade de institucionalização do regime, caracteriza o autoritarismo brasileiro como uma situação em vez de um regime propriamente dito.

Em 1930, Getúlio Vargas comanda uma Revolução que o coloca no poder, acabando com a República Velha. Em 1934, sob pressão, promulga uma Constituição democrática. Porém, em 1937 alegando uma conspiração comunista para a tomada do poder, conhecida como Plano Cohen, Vargas outorga uma nova Constituição, fechando o Congresso Nacional, restringindo liberdades individuais, instaurando uma ditadura de inspirações [[fascismo|fascistas] que durou até até 1945. Este período ditadorial da Era Vargas (1930-1945) é chamado Estado Novo.

Fontes:  






Democracia no Brasil.

Com os acontecimentos recentes no Brasil, de uma imprensa mau carater e politicos cinicos, que distorcem o sentido de democracia, é necessário informar como foi o processo de redemocratização após a ditadura e, também, como ocorreu a democracia no Brasil em varios periodos da nossa história.


A Democracia surgiu na Grécia Antiga (Período Clássico; 480 a.C. e 359 a.C), mas especificadamente na cidade-estado de Atenas.
O nobre ateniense Clístenes é considerado o "Pai da democracia", ele viveu em 509 a. C, data em que é considerado o surgimento da democracia. No Séc V a. C, surge Um líder democrático, chamado Péricles, ele que comandou o apogeu democracia.
Pode se traduzir democracia (Demokratia) do grego como: demos=povo e kratos= poder político
A democracia ateniense era formada com a participação de cidadãos atenienses (adultos, naturais de atenas), eles representavam minoria. Os estrangeiros, escravos e mulheres não participavam.
Péricles dizia que:
“o regime ateniense se chama democracia, pois o governo do Estado não está nas mãos de poucos, mas de muitos”.
Os que podiam participar da democracia se reuniam em uma grande praça pública, chamada de ágora e participavam assim da chamada Eclésia, a Assembléia política. Na ágora eles paravam ouvir os demagogos que eram os orientadores do povo, e lá decidiam o que era melhor para Atenas. Essa forma de democracia é conhecida como Democracia Direta, diferente da atual que é a chamada democracia indireta, na qual elegemos alguém para tomar decisões por nós.
A prática do voto obrigatório também foi "inventado" na grécia, foi o legislador Sólon que fez tal lei ser aprovada, e cada um dos que votavam tiveram que escolher um partido, senão perdiam o direito do voto.
Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa. É uma forma de governo do povo e para o povo. 
 Existem várias formas de democracia na atualidade, porém as mais comuns são: direta e indireta. 
 Na democracia direta, o povo, através de plebiscito, referendo ou outras formas de consultas populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos ou administrativos de sua cidade, estado ou país. Não existem intermediários (deputados, senadores, vereadores). Esta forma não é muito comum na atualidade.  
Na democracia indireta, o povo também participa, porém através do voto, elegendo seus representantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam decisões em novo daqueles que os elegeram. Esta forma também é conhecida como democracia representativa.  

Dia 25 de outubro comemora-se o Dia da Democracia.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/democracia.htm



A Onda Neoliberal


Para entendermos essa Onda do Neoliberalismo, que ocorreu dos anos 80 aos 90 principalmente, é necessário conhecermos o Liberalismo Econômico, que marca a Segunda Fase do Capitalismo Industrial (Século XVIII ao final do XIX).
A Escola Liberal teve origem na Inglaterra, a partir do século XVIII e começo do XX.
Segundo o Liberalismo, o homem é livre para produzir e negociar. O Estado não deve intervir na economia.
Os três princípios Clássicos do Liberalismo são:
1 Ø Existe, na vida econômica, uma ordem natural que se estabelece na sociedade de forma espontânea, desde que os homens sejam livres para agir e defender seus interesses.
2 Ø A ordem natural é a mais favorável para a prosperidade dos homens e das nações; está acima de qualquer intervenção que o Estado possa realizar na vida econômica.
3 Ø Não há antagonismo mas harmonia entre os interesses individuais e o interesse geral da sociedade. A harmonia econômica é a própria essência da ordem natural.
(Adaptado de Henri Guittonn, Economia política, Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1959, v.1, p.47).

Não esqueça, que na teoria, o Liberalismo é muito bonita. Mas na prática elas não funcionaram e não funcionam como é dito em seus princípios.
Analisemos o Terceiro Princípio:
O que se vê, na prática, é uma desarmonia entre os interesses gerais da sociedade e os interesses individuais, mantida principalmente pelo dirigismo econômico 9e não liberalismo) realizado pelos monopólios, oligopólios, trustes, cartéis, enfim, pelo Capitalismo Monopolista . Os interesses individuais suplantam de longe os coletivos. Priorizam a empresa e o lucro e não o trabalhador. Grandes empresas comandam as finanças mundiais, as fontes de matérias-primas, ditam os preços dos produtos, estabelecem as regras do comércio mundial, utilizando-se de Dumping para acabar com concorrentes, boicotam o fortalecimento de produtos e matérias-primas, enfim, exercem grande poder de dominação.
Se houvesse efetiva harmonia entre os interesses individuais e coletivos, não haveria um mundo com tanta desigualdade na distribuição da riqueza e da renda. A pobreza e a miséria não seriam tão grandes; crianças não morrendo de fome ou de doenças delas decorrentes. Não haveria, inclusive, tamanha destruição da natureza.. O Desequilíbrio Ecológico, como disse Júlio José Chiavenato no livro O Massacre da Natureza, é o reflexo do atual estado social do mundo, é fruto de desarmonia entre o homem e a natureza e a desarmonia entre os homens entre si.

Um efeito evidente da Nova Ordem Internacional foi à revalorização dos princípios do Capitalismo, negando o Estatismo e a Planificação Econômica. Tudo começou nos Governos de Thatcher, no Reino Unido (1979 1990) e Regan, nos Estados Unidos (1980 1988) deu-se o revigoramento do Neoliberalismo. Propondo medidas limitadoras do Estado na Economia, procederam-se sucessivas privatizações e tentativas de derrubar as tradicionais barreiras protecionistas adotadas por muitos países.
A Ex-primeira-ministra britânica, Margareth, a Dama de Ferro, foi a grande estrela da política Neoliberal dos anos 80. al

A Onda Neoliberal

Para entendermos essa Onda do Neoliberalismo, que ocorreu dos anos 80 aos 90 principalmente, é necessário conhecermos o Liberalismo Econômico, que marca a Segunda Fase do Capitalismo Industrial (Século XVIII ao final do XIX).
A Escola Liberal teve origem na Inglaterra, a partir do século XVIII e começo do XX.
Segundo o Liberalismo, o homem é livre para produzir e negociar. O Estado não deve intervir na economia.
Os três princípios Clássicos do Liberalismo são:
1 Ø Existe, na vida econômica, uma ordem natural que se estabelece na sociedade de forma espontânea, desde que os homens sejam livres para agir e defender seus interesses.
2 Ø A ordem natural é a mais favorável para a prosperidade dos homens e das nações; está acima de qualquer intervenção que o Estado possa realizar na vida econômica.
3 Ø Não há antagonismo mas harmonia entre os interesses individuais e o interesse geral da sociedade. A harmonia econômica é a própria essência da ordem natural.
(Adaptado de Henri Guittonn, Economia política, Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1959, v.1, p.47).

Não esqueça, que na teoria, o Liberalismo é muito bonita. Mas na prática elas não funcionaram e não funcionam como é dito em seus princípios.
Analisemos o Terceiro Princípio:
O que se vê, na prática, é uma desarmonia entre os interesses gerais da sociedade e os interesses individuais, mantida principalmente pelo dirigismo econômico 9e não liberalismo) realizado pelos monopólios, oligopólios, trustes, cartéis, enfim, pelo Capitalismo Monopolista . Os interesses individuais suplantam de longe os coletivos. Priorizam a empresa e o lucro e não o trabalhador. Grandes empresas comandam as finanças mundiais, as fontes de matérias-primas, ditam os preços dos produtos, estabelecem as regras do comércio mundial, utilizando-se de Dumping para acabar com concorrentes, boicotam o fortalecimento de produtos e matérias-primas, enfim, exercem grande poder de dominação.
Se houvesse efetiva harmonia entre os interesses individuais e coletivos, não haveria um mundo com tanta desigualdade na distribuição da riqueza e da renda. A pobreza e a miséria não seriam tão grandes; crianças não morrendo de fome ou de doenças delas decorrentes. Não haveria, inclusive, tamanha destruição da natureza.. O Desequilíbrio Ecológico, como disse Júlio José Chiavenato no livro O Massacre da Natureza, é o reflexo do atual estado social do mundo, é fruto de desarmonia entre o homem e a natureza e a desarmonia entre os homens entre si.

Um efeito evidente da Nova Ordem Internacional foi à revalorização dos princípios do Capitalismo, negando o Estatismo e a Planificação Econômica. Tudo começou nos Governos de Thatcher, no Reino Unido (1979 1990) e Regan, nos Estados Unidos (1980 1988) deu-se o revigoramento do Neoliberalismo. Propondo medidas limitadoras do Estado na Economia, procederam-se sucessivas privatizações e tentativas de derrubar as tradicionais barreiras protecionistas adotadas por muitos países.
A Ex-primeira-ministra britânica, Margareth, a Dama de Ferro, foi a grande estrela da política Neoliberal dos anos 80. 
 
 

O que é neoliberalismo?

Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
 
            Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton              Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.
Características do Neoliberalismo (princípios básicos):


- mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
- abertura da economia para a entrada de multinacionais;
- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.

Críticas ao neoliberalismo


Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.


Pontos positivos


Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livreconcorrência, faz os preços e a inflação caírem.   

Mercado Livre? Mais uma mentira.

Os Yes Mem Arrumando o mundo

Divertidíssimo!
Não descartamos a possibilidade dos Yes Men estarem visando fama em suas incursões pelo mundo afora. Mesmo que seja isso, não deixa de ser uma das formas mais interessantes e divertidas de ativismo. Esses homens criam sites de Internet passando-se por outras pessoas, empresas ou instituições com o objetivo de serem convidados para grandes conferências e entrevistas em grandes redes de TV. É nessa hora que o show começa e eles mostram suas garras. Através de verdades e fatos, ironizam o sistema perverso que assola o mundo.


Vc pode ver todo o documentario baixando no site Doc Verdade pelo Torrent



E se Milton Santos tivesse ido ao programa do Jô?

Pode parar de imaginar, pois isso realmente aconteceu, em 1993. Como de costume, o geógrafo levanta questões muito pertinentes e atuais. Descatamos, em especial, suas colocações sobre o ensino de geografia. É interessante refletir que alguns desafios ainda persistem, sobretudo no que diz respeito à distância entre a Geografia Acadêmica e a Geografia Escolar. Sobre este aspecto Milton Santos diz:  "o que está nos faltando é poder abandonar a linguagem da faculdade, o facultês, o universitês, o geografês e, se possível, tentar apresentar os fatos, as realidades, como um enredo [...]". Confira abaixo:




Postado originalmente no site do PIBID GEOGRAFIA UFV
Link: http://geopibid.blogspot.com/2011/03/e-se-milton-santos-tivesse-ido-ao.html
Créditos: Geografia em Perspectiva 

O jeito norte-americano de se relacionar com o mundo. Dez guerras e dez mentiras midiáticas.


 Por Michel Collon, no sítio Pátria Latina:

Cada guerra é precedida por uma mentira dos meios de comunicação de massa. Hoje Bush ameaça a Venezuela e o Equador. Amanhã será o Irã? E depois, quem mais? (...) Recordemos simplesmente quantas vezes os mesmos Estados Unidos e os mesmos meios já nos manipularam. Cada grande guerra se “justifica” pelo que mais tarde (demasiado tarde) aparecerá como uma simples desinformação. Um rápido inventário:

1) Vietnã (1964-1975)

Mentira midiática: Nos dias 2 e 3 de agosto o Vietnã do Norte teria atacado dois barcos dos Estados Unidos na baía de Tonkin.
O que se saberá mais tarde: Esse ataque não aconteceu. Foi uma invenção da Casa Branca.
Verdadeiro objetivo: Impedir a independência de Vietnã e manter o domínio dos Estados Unidos na região
Conseqüências: Milhões de vítimas, malformações genéticas (agente laranja), enormes problemas sociais.

2) Granada (1983)

Mentira midiática:: A pequena ilha do Caribe foi acusada de que nela se construía uma base militar soviética e de trazer perigo à vida de médicos americanos.
O que se saberá mais tarde: Absolutamente falso. O presidente Reagan inventou esses pretextos.
Verdadeiro objetivo: Impedir as reformas sociais e democráticas do premiê Bishop (depois assassinado).
Conseqüências: Brutal repressão e restabelecimento da tutela de Washington.

3) Panamá (1989)

Mentira midiática: A invasão tinha o objetivo de prender o presidente Noriega por tráfico de drogas.
O que se saberá mais tarde: Formado pela CIA, o presidente Noriega reclamava a soberania ao fim do acordo do canal, o que era intolerável para os Estados Unidos.
Verdadeiro objetivo: Manter o controle dos Estados Unidos sobre essa estratégica via de comunicação. 
Conseqüências: Os bombardeios dos Estados Unidos mataram entre 2 e 4 mil civis, ignorados pelos meios.

4) Iraque (1991)

Mentira midiática: Os iraquianos teriam destruído parte da maternidade da cidade de Kuwait.
O que se saberá mais tarde: Invenção total da agência publicitária Hill e Knowlton, paga pelo emir de Kuwait.
Verdadeiro objetivo: Impedir que o Oriente Médio resista a Israel e se comporte com independência em relação aos Estados Unidos.
Conseqüências: Inumeráveis vítimas da guerra, depois um longo embargo, inclusive de medicamentos.

5) Somália (1993)

Mentira midiática: O senhor Kouchner aparece na cena como herói de uma intervenção humanitária.
O que se saberá mais tarde: Quatro sociedades americanas tinham comprado uma quarta parte do subsolo somali, rico em petróleo.
Verdadeiro objetivo: Controlar uma região militarmente estratégica.
Conseqüências: Não conseguindo controlar a região os Estados Unidos a manterão num prolongado caos.

6) Bósnia (1992-1995)

Mentira midiática: A empresa americana Ruder Finn e Bernard Kouchner divulga a existência de campos de extermínio sérvios.
O que se saberá mais tarde: Ruder Finn e Kouchner mentiram. Eram apenas campos de prisioneiros. O presidente muçulmano Izetbegovic o admitiu.
Verdadeiro objetivo: Quebrar uma Iugoslávia demasiado esquerdista, eliminar seu sistema social, submeter a zona às multinacionais, controlar o Danúbio e as estratégicas rotas dos Bálcãs.

Conseqüências: Quatro atrozes anos de guerra para todas as nacionalidades (muçulmanos, sérvios, croatas). Provocada por Berlin, prolongada por Washington.

7) Iugoslávia (1999)

Mentira midiática: Os sérvios cometem um genocídio contra os albaneses do Kosovo.
O que se saberá mais tarde: Pura e simples invenção da OTAN como o reconheceu Jaime Shea, seu porta-voz oficial.
Verdadeiro objetivo: Impor o domínio da OTAN nos Bálcãs e sua transformação em polícia do mundo. Instalar uma base militar americana no Kosovo.
Conseqüências: Duas mil vítimas dos bombardeios da OTAN. Limpeza étnica de Kosovo pelo UCK, protegido pela OTAN.

8) Afeganistão (2001)

Mentira midiática: Bush pretende vingar o 11 de setembro e capturar Bin Laden.

O que se saberá mais tarde: Não existe nenhuma prova da existência dessa rede. Além disso, os talibãs tinham proposto extraditar Bin Laden.
Verdadeiro objetivo: Controlar militarmente o centro estratégico da Ásia, construir um oleoduto que permitisse controlar o abastecimento energético do sul da Ásia.
Conseqüências: Ocupação extremamente prolongada e grande aumento da produção e tráfico de ópio.

9) Iraque (2003)

Mentira midiática:: Saddam teria perigosas armas de destruição, afirmou Colin Powell nas Nações Unidas, mostrando provas.
O que se saberá mais tarde: A Casa Branca ordenou falsificar esses relatórios (assunto Libby) ou fabricá-los.
Verdadeiro objetivo: Controlar todo o petróleo e chantagear seus rivais; Europa, Japão, China…
Conseqüências: Iraque submerso na barbárie, as mulheres devolvidas à submissão e ao obscurantismo.

10) Venezuela – Equador (2008?)

Mentira midiática: Chávez apoiaria o terrorismo, importaria armas, seria um ditador (o pretexto definitivo parece não ter sido escolhido ainda).
Verdadeiro objetivo: As multinacionais querem seguir com o controle petroleiro e de outras riquezas de toda América Latina, temem a libertação social e democrática do continente.
Conseqüências: Washington empreende uma guerra global contra o continente: golpes de estado, sabotagens econômicas, chantagens, estabelecimento de bases militares próximas às riquezas naturais.


A Doutrina do Choque

Em A Doutrina do Choque, Naomi Klein destrói o mito de que a política de livre mercado global triunfou democraticamente. Expondo o pensamento, a origem do dinheiro e os joguetes por trás das crises e guerras que mudaram o mundo nos últimos 40 anos. A Doutrina do Choque é a história de como a política de “livre mercado” dos EUA passou a dominar o mundo, por meio da exploração de povos e países, assolados por desastres ou em estado de choque.


Logo abaixo um trecho do filme. Se tiver interresse de baixa-lo totalmente é só entrar nesse site: http://baixandonafaixa.blogspot.com/2011/05/documentario-doutrina-do-choque.html


Elogio dos trabalhadores

O homem se diferencia dos outros animais por vários aspectos, mas o essencial é a capacidade de trabalho. Os outros animais recolhem o que encontram na natureza, enquanto o homem tem a capacidade de transformar a natureza. Para produzir as condições da sua sobrevivência, o homem transforma o meio em que vive, pela sua capacidade de trabalho, gerando a dialética mediante a qual ele modifica o mundo e ao mesmo tempo se modifica, intermediado pela natureza.

Ao longo do tempo, a constante das sociedades humanas é a presença dos trabalhadores, sob distintas formas – escravos, servos, operários -, responsáveis pela produção dos bens da sociedade. A forma de exploração da força de trabalho é que variou, definindo o caráter diferenciado de cada sociedade.

Porém, a exploração do trabalho por outras classes sociais fez com que o trabalhador não controlasse sua força de trabalho, produzindo para a acumulação de riquezas dos outros. O trabalho foi sempre um trabalho alienado, em que os trabalhadores produzem, mas não são donos do produto do seu trabalho, nem decidem o que produzir, como produzir, para quem produzir, a que preço vender o que produzem. E tampouco são remunerados pela riqueza que produzem, recebendo apenas o indispensável para a reprodução da sua força de trabalho. Quem se apropria do fundamental da riqueza produzida é o capital, que assim acumula, se expande, se reproduz, enquanto os trabalhadores apenas sobrevivem.

Um dos fenômenos centrais para a instauração do capitalismo foi o término da servidão feudal, com os trabalhadores ficando disponíveis para vender sua força de trabalho para quem possui capital. Estes vivem do capital e da exploração da força de trabalho dos trabalhadores, enquanto estes, dispondo apenas dessa força tem que vendê-la, para poder acoplá-la a meios de produção, nas mãos dos capitalistas.

Essa imensa massa de trabalhadores que passou a produzir toda a riqueza das sociedades contemporâneas foi objeto de um processo de intensa exploração do seu trabalho, com condições brutais de trabalho, jornadas longas – de 14 ou até 16 horas. Na resistência a essas condições de exploração foi se organizando o movimento operário, tanto em sindicatos, como em partidos políticos, gerando um protagonista essencial na democratização das nossas sociedades.

A direita não perdoa os sindicatos. Na ultima campanha eleitoral brasileira e na velha mídia, os dirigentes sindicais não são tratados como representantes democráticos e legítimos dos trabalhadores, mas quase como gangsters, que se infiltram no governo para defender seus interesses contra os interesses da maioria. Faz parte do ódio que as velhas elites têm do povo brasileiro, que é trabalhador, que produz as riquezas do Brasil, que trabalha jornadas longuíssimas, é explorado pelas grandes empresas, mas não teve, até recentemente, possibilidade de fazer ouvir sua voz no país e no Estado.

Neste Primeiro de Maio, Dia dos Trabalhadores (e não do Trabalho, como insiste a velha mídia), é preciso recordar que a data vem de uma grande manifestação realizada em Chicago em 1886, pela diminuição da jornada de trabalho para 8 horas, duramente reprimida pela polícia, com a morte de vários trabalhadores.

Que a jornada é praticamente a mesma, embora as condições tecnológicas para explorá-la tenha avançado gigantescamente e, com ela, os lucros das grandes empresas que exploram os trabalhadores. Um momento propício para avançar no projeto de redução da jornada de trabalho, para fazer um mínimo de justiça ao esforço heróico e anônimo dos milhões de trabalhadores que constroem o progresso do Brasil.

Artigo postado originalmente do blog de Emir Sader no sitio Carta Maior

1º de Maio - Dia do Trabalho




O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. 

A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.

Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.

Fatos importantes relacionados ao 1º de maio no Brasil:

- Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer)

- Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.

"Não confie nos laboratórios"

Mais uma vez, como rotineiramente faço, "fuçando" bolgs, sites e portais de noticias, encontrei um post no blog "Arquivo Confidencial" com alguns trechos da entrevista do escritor e ex-executivo da Pfizer (industria farmaceutica) o sueco Peter Rost fez para a revista Época, em 2009, onde afirma que as praticas da industrias farmaceuticas são ilegais e antiéticas.


Escritor sueco Peter Rost tornou-se o pesadelo da indústria farmacêutica. Ele foi demitido do cargo de vice-presidente de Marketing da Pfizer em dezembro de 2005, depois de acusar a companhia de promover de forma ilegal o uso de genotropin, um hormônio do crescimento. A substância era vendida como um potente remédio contra rugas. A empresa teria faturado US$ 50 milhões com o produto em 2002.


No fim da década de 90, quando era diretor da Wyeth na Suécia, Rost denunciou também uma fraude na companhia: sonegação de impostos. Ele diz que agora se dedica a escrever o que sabe contra a indústria em seu blog e em livros. No começo do ano que vem, ele lançará Killer Drug (Remédio Assassino), história de ficção em que um laboratório desenvolve armas biológicas e contrata assassinos para atingir seus objetivos. “Mas eu diria que boa parte é baseada em fatos reais”, afirma.

ÉPOCA – O senhor comprou uma briga grande...
Peter Rost – Eu não. A diretoria da Pfizer é que começou a briga. Eu fazia meu trabalho. Certa vez, presenciei uma ação ilegal e cheguei a questioná-la. Fui ignorado. Quando falei o que sabia, eles me demitiram.

ÉPOCA – Depois das denúncias, houve algum tipo de ameaça?
Rost – Há cerca de um mês recebi uma, de um empresário indiano ligado ao setor. Ele disse que daria um jeito de acabar comigo. Nunca recebi ameaças das companhias. Elas são espertas demais para se expor desse jeito.

ÉPOCA – Como a indústria farmacêutica se tornou tão poderosa?
Rost – Eles ganham muito dinheiro, cerca de US$ 500 bilhões ao ano. E podem comprar a todos. Os laboratórios se tornaram donos da Casa Branca. O governo americano chega a negociar com os países pobres em nome deles. Como isso é feito? Os Estados Unidos pressionam esses países para que aceitem patentes além do prazo permitido (15 anos em média). Quando a patente se estende, os países demoram mais para ter acesso ao medicamento mais barato. E, se as nações pobres não aceitam a medida dos americanos, correm o risco de sofrer retaliação e de nem receber os medicamentos. Essa atitude é o equivalente a um assassinato em massa. Pessoas que dependem dos remédios para sobreviver, como os soropositivos, poderão morrer se o país não se sujeitar a esse esquema.


ÉPOCAO Brasil quebrou a patente do medicamento Efavirenz, da Merck Sharp & Dohme, usado no tratamento contra a aids. O governo brasileiro acertou?
Rost – Sim. O governo brasileiro não tinha escolha. Ele tem obrigação com os cidadãos do país, não com as corporações internacionais preocupadas com lucro. O que é menos letal? Permitir que a população morra porque não tem acesso a um remédio ou quebrar uma patente? Para mim, é quebrar a patente. A lei de patente foi justamente estabelecida para incentivar a criação de medicamentos. Seria uma garantia para que os laboratórios tivessem lucro por um bom tempo e uma vantagem em troca de todo o dinheiro empregado durante anos no desenvolvimento de uma droga. Mas, se bilhões de pessoas estão sem tratamento, porque as patentes estão sendo prolongadas e os medicamentos continuam caros, há sinais de que a lei não funciona. Ela foi feita para ajudar, não para matar.


ÉPOCA – As práticas de venda da indústria farmacêutica colocam em risco a saúde da população mundial?
Rost – Não tenha dúvida. Basta lembrar o caso do Vioxx, antiinflamatório da Merck Sharp & Dohme retirado do mercado em 2004 por causar ataque cardíaco em milhares de pessoas pelo mundo.

ÉPOCA – Então, não podemos mais confiar nos laboratórios?
Rost– Não, não podemos confiar. A preocupação principal deles é ganhar dinheiro. As pessoas têm de se conscientizar disso. Cobrar posições claras de seus médicos, que também não são confiáveis, pois seguem as regras da indústria. Eles receitam o remédio do laboratório que lhes dá mais vantagens, como presentes ou viagens. É uma situação difícil para o paciente. Por isso, é importante ter a opinião de mais de um médico sobre uma doença. E checar se ele é ligado à indústria. Como saber? Verifique quantos brindes de laboratório ele tem no consultório. Se houver mais de cinco, é mau sinal.

ÉPOCA – Os laboratórios são acusados de ganhar dinheiro ao lançar remédios com os mesmos efeitos de outros já no mercado. O senhor concorda com essas acusações?
Rost – Sim. Eles desenvolvem drogas parecidas com as que já estão à venda. Não necessariamente são as mesmas substâncias químicas. No geral, são as que apresentam os mesmos efeitos colaterais. É por isso que existem dezenas de antiinflamatórios e de antidepressivos. É muito fácil criar um remédio quando já se conhecem os resultados e as desvantagens para o paciente. O risco de falha e de perder dinheiro é muito baixo. Os laboratórios não estão pensando no benefício do paciente. É pura concorrência.

ÉPOCA – É por isso que não se investe em tratamentos para doenças como a malária, mais comuns em países pobres?
Rost – Não há interesse em desenvolver medicamentos que possam acabar com doenças conhecidas há décadas. Os países pobres não podem pagar essa conta. O Brasil é visto pela indústria farmacêutica internacional como um mercado pequeno. Ela se baseia em dados de que apenas 10% dos brasileiros têm condições de pagar por medicamentos. Para eles, esse número não significa nada.

ÉPOCA – Segundo uma teoria, os laboratórios “criam” doenças para vender medicamentos. Isso é real?
Rost – É o caso da menopausa. Sei que as mulheres passam por problemas nesse período da vida. Mas não classifico a menopausa como doença. As mulheres usam medicamentos com estrógeno para amenizar calores e melhorar a elasticidade da pele. Os laboratórios se aproveitaram dessas reações naturais da menopausa e as classificaram como graves. Quando as mulheres tomam os remédios, sofrem infarto como efeito colateral.

ÉPOCA – As práticas ilegais da indústria farmacêutica são piores que as de outros setores, como o de tecnologia?
Rost – Sim, porque os laboratórios lidam com vida e morte. Você não vai morrer se a televisão ou o DVD não funcionarem direito.

ÉPOCA – Não devemos levar em consideração que, hoje, graças à pesquisa dos laboratórios, foi descoberta a cura para várias doenças e há maior qualidade de vida?
Rost – Claro que sim. Os laboratórios fizeram muita coisa boa. Em troca de muito dinheiro.


Link: http://arquivoconfidencial.blogspot.com/2009/02/nao-confie-nos-laboratorios.html




Piramide - agua potável.

Ao assistir uma reportagem ( Link da reportagem: http://www.youtube.com/watch?v=6YKHXc1VvQQno) no "Jornal Hoje" da TV aberta Rede Globo, sobre algumas soluções para se obter água potável de forma prática e barata, chamou-me à atenção uma forma bem simples de fazer esse processo,  que é a pirâmide, e fui buscar mais informações sobre esse invento. Leia :



"Uma invenção holandesa, a “pirâmide de água”, pode garantir o líquido potável barato, a partir da água contaminada e é interessante especialmente para países em desenvolvimento. O segredo é depurar a água utilizando o calor do sol.  
A escassez de água, principalmente água potável, é um drama em todo o planeta. Centenas de milhares de pessoas morrem por ano por falta de água tratada. A Organização Mundial da Saúde calcula que, anualmente, mais de um milhão e meio de crianças morrem por esse motivo, principalmente em regiões tropicais.
O engenheiro holandês Martijn Nitzsche é o inventor da “pirâmide de água”, um sistema de depuração que talvez seja uma solução para o problema. A invenção garantiu a ele um prêmio de inovação oferecido pelo Banco Mundial. Segundo Nitzsche, o maior problema é que 98% de toda a água do planeta é salgada, dos mares, e dos 2% restantes, metade está acumulada nos pólos, em forma de gelo.
“Todos nós prestamos atenção ao 1% de água doce que tentamos tratar. Curiosamente, a pirâmide de água se baseia na água salgada, dos oceanos, ou seja, a que temos em abundância. A pirâmide depura a água salgada e a torna potável.”
Sol
O mecanismo da pirâmide de água é bastante simples: não passa de um enorme recinto com a forma de uma pirâmide inflável e de plástico transparente. Funciona da seguinte maneira:
1. O sol atravessa o plástico e esquenta a água até cerca de 70 graus centígrados.
2. No fundo da pirâmide há um pequeno reservatório com sal e água suja. A água se evapora com o calor do sol e deposita gotas de vapor nas paredes interiores da pirâmide.
3. As gotas são água destilada, sem sal e livre de bactérias, ou seja, potável.
4. Quando as gotas alcançam certo peso, vão escorrendo pelas paredes até uma canaleta receptora e vão a um depósito subterrâneo.

Cifras

Uma pirâmide de trinta metros de diâmetro pode fornecer nos trópicos, diariamente, mil litros de água potável a 300 ou 400 pessoas. O custo atual de uma pirâmide é de aproximadamente 150 mil euros e ela dura dez anos. Com isso, o preço do litro de água sai por 1 ou 2 centavos de euro.
Pode parecer insignificante mesmo para os países pobres, mas o engenheiro Nitzsche coloca o dedo na ferida: “As pessoas dessas regiões não estão acostumadas a pagar pela água. A tecnologia pode ser oferecida, mas é necessário conscientizar as pessoas de países em desenvolvimento de que não vão ter doenças causadas por água contaminada e que vão viver mais tempo por isso.”
Apesar disso, sua ideia está se espalhando. Em Gâmbia, no Senegal e na Índia, já estão em funcionamento as pirâmides de água, sob administração e controle da população. Em pouco tempo elas serão também instaladas nas milhares de ilhas da Indonésia.
Com o aumento da produção, os custos das pirâmides podem ser reduzidos de 150 para 15 mil euros, bem abaixo das tradicionais instalações dessanilizadoras. Por isso, muitas ONGs estão interessadas no sistema criado pelo engenheiro holandês".

Fonte: Radio Nederland wereldomroep Brasil 
Acesso: dia 15/04/2011 - 16h:53min

Excelente solução, já que aqui, no Brasil, 31 milhões de pessoas não tem acesso a água potável (fonte IBGE), diminuiria bastante o numero de casos de doenças relacionadas a água não tratada.

"Você sabe com quem está falando"?

Numa sociedade como a nossa, a brasileira, em que uma pequena parcela, porém, "endinheirada", egoísta e arrogante  está acostumada as impunidades, aos desmandos, ao racismo velado ou não e que adoram "tirar vantagem" em tudo, a famigerada frase "você sabe com quem está falando" virou uma espécie de crachá, identificação como permissão, para burlar regras. No entanto, esse tipo de atitude só era dirigido, e ainda é, à pessoas menos favorecidas economicamente.

E como sempre faço "fuçando" a rede mundial, achei um vídeo em que o educador, filósofo e palestrante Mário Sérgio Cortella faz uma breve análise desse ser tão fora de sintonia da sociedade que o cerca.

Muito bom. Assistam até o fim.



http://www.youtube.com/watch?v=P3NpHryB-fQ

Mata Branca (Caatinga)

 Conhecer  para  preservar
 A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil-Colônia com o regime de sesmarias e sistema de capitanias hereditárias, por meio de doações de terras, criando-se condições para a concentração fundiária. De acordo com o IBGE, 27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro

Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram antropizados.  

A Caatinga possui extensas áreas degradadas, muitas delas incorrem, de certo modo, em rsico de desertificação. A fauna da Caatinga sofre grande prejuízos tanto por causa da pressão e da perda de hábitat como também em razão da caça e da pesca sem controle. Também há grande pressão da população regional no que se refere à exploração dos recursos florestais da Caatinga.
 

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isto significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil. os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.
Caracterização:

 A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais

A temperatura se situa entre 24 e 26 graus e varia pouco durante o ano. Além dessas condições climáticas rigorosas, a região das caatingas está submetida a ventos fortes e secos, que contribuem para a aridez da paisagem nos meses de seca.

O mês do período seco é agosto e a temperatura do solo chega a 60ºC. O sol forte acelera a evaporação da água das lagoas e rios que, nos trechos mais estreitos, secam e param de correr. Quando chega o verão, as chuvas encharcam a terra e o verde toma conta da região.
Mesmo quando chove, o solo raso e pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada (médias entre 25oC e 29oC) provoca intensa evaporação. Por isso, somente em algumas áreas próximas às serras, onde a abundância de chuvas é maior, a agricultura se torna possível.

Na longa estiagem, os sertões são, muitas vezes, semi-desertos e nublados, mas sem chuva. O vento seco e quente não refresca, incomoda
.


 Clima
Enquanto que as médias mensais de temperatura variam pouco na região,
as variações diárias de temperatura e umidade são bastante pronunciadas, tanto nas áreas de planície como nas regiões mais altas do planalto. 

No planalto, os afloramentos rochosos mais expostos, sujeitos à ação dos ventos e outros fatores, podem experimentar temperaturas mais baixas  durante as noites mais frias do ano, enquanto que a temperatura pode ser bastante elevada durante os dias quentes e ensolarados do verão.  

As áreas de planície estão sujeitas a um período de seca muito mais longo e severo que as áreas planálticas mais elevadas, período que normalmente dura de sete a dez meses, a taxa de precipitação anual é mais baixa, estas áreas têm clima semi-árido tropical, com temperaturas médias mensais ficando acima de 22°C.

 Hidrografia
                                  Leito seco de rio temporário da Caatinga.
Através de caminhos diversos, os rios regionais saem das bordas das chapadas, percorrem extensas depressões entre os planaltos quentes e secos e acabam chegando ao mar, ou engrossando as águas do São Francisco e do Parnaíba (rios que cruzam a Caatinga).
                                  Rio São Francisco cruzando o sertão.



Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascentes na região permanecem secos por cinco ou sete meses no ano. Apenas o canal principal do São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras regiões climáticas e hídricas.

 Vegetação 
Quando chove, a paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas.
                                                                                                                                                                                                                            
Estação seca
Estação chuvosa
                                              
As plantas da caatinga possuem adaptações ao clima, tais como folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis, caules suculentos. 

Duas adaptações importantes à vida das plantas nas caatingas são a queda das folhas na estação seca e a presença de sistemas de raízes bem desenvolvidos. A perda das folhas é uma adaptação para reduzir a perda de água por transpiração e raízes bem desenvolvidas aumentam a capacidade de obter água do solo.          
                                                                                   
A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas – formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas.
A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o 
 herbáceo (abaixo de 2 metros).  

Algumas das espécies mais comuns da região são a emburana, a aroeira, o umbu, a baraúna, a maniçoba, a macambira, o mandacaru e o juazeiro.

 

No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas, é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos.
 
Fauna



Quando chove na caatinga, no início do ano, a paisagem e seus habitantes se modificam. Lá vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. Outros animais da região são o sapo-cururu, a asa-branca, a cotia, a gambá, o preá, o veado-catingueiro, o tatu-peba e o sagui-do-nordeste, entre outros.


A situação de conservação dos peixes da Caatinga ainda é precariamente conhecida. Apenas quatros espécies que ocorrem no bioma foram listadas preliminarmente como ameaçadas de extinção, porém se deve ponderar que grande parte da ictiofauna não foi ainda avaliada.


São conhecidas, em localidades com feição características da caatinga semi-áridas, 44 espécies de lagartos, 9 espécies de anfisbenídeos, 47 de serpentes, quatro de quelônios, três de crocolia, 47 de anfíbios - dessas espécies apenas 15% são endêmicas. Um conjunto de 15 espécies e de 45 subespécies foi identificado como endêmico. São 20 as espécies ameaçadas de extinção, estando incluídas nesse conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do mundo: a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).

Destaca-se também a ocorrência de espécies em extinção, como o próprio gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.


 Geologia, Relevo e Solos 

As áreas de planície as rochas prevalecentes têm origem na era Cenozóica (do fim do período Terciário e início do período Quaternário), as quais se encontram cobertas por uma camada de solo bastante profunda, com afloramentos rochosos ocasionais, principalmente nas áreas mais altas que bordejam a Serra do Tombador; tais solos (latossolos) são solos argilosos (embora a camada superficial possa ser arenosa ou às vezes pedregosa) e minerais, com boa porosidade e rico em nutrientes. Afloramentos de rocha calcárea de coloração acinzentada ocorrem a oeste.

A região planáltica é composta de arenito metamorfoseado derivado de rochas sedimentares areníticas e quartzíticas consolidadas na era Proterozóica média; uma concentração alta de óxido férreo dá a estas rochas uma cor de rosa a avermelhada. Os solos gerados a partir da decomposição do arenito são extremamente pobres em nutrientes e altamente ácidos, formando depósitos arenosos ou pedregosos rasos, que se tornam mais profundos onde a topografia permite; afloramentos rochosos são uma característica comum das áreas mais altas.
Estes afloramentos rochosos e os solos pouco profundos formam as condições ideais para os cactos, e muitas espécies crescem nas pedras, em fissuras ou depressões da rocha onde a acumulação de areia, pedregulhos e outros detritos, juntamente com o húmus gerado pela decomposição de restos vegetais, sustenta o sistema radicular destas suculentas.