O livro didático é uma fonte de conhecimentos que o professor leva como
uma "bíblia" do conhecimento da ciência que ele ensina, sabe-se que o
livro é "(…) a fonte principal do conhecimento (…)" (PAULEK, 2009),
porém muitos livros e em foco os de geografia muitas vezes mostram a
realidade de forma errada ou muitas vezes de forma positivista, não
tendo nenhum compromisso com a verdade.
Seja na parte de geografia física ou geografia humana há autores que
mostram a realidade de forma equivocada fazendo com que o aluno
acredite no que está escrito, pois o livro vira um manual de verdade na
vida do estudante de ensino fundamental e médio, há grandes equívocos,
pois geógrafos muitas vezes pegam dados secundários e nem pesquisam se
há verdade nos dados e simplesmente jogam nos livros, não há a
preocupação se há pessoas que irão aprender algo de forma equivocada,
um exemplo é livros feitos por geógrafos do sul-sudeste que fazem
livros didáticos com assuntos amazônicos sem nunca terem pisado na
Amazônia, resultando em verdadeiras tragédias geográficas, o livro vira
algo que ensina errado, o aluno aprende errado e escreve na prova o
errado que aprendeu, depois o professor questiona o porque de o aluno
ter escrito algo de forma errada e aluno argumenta que tal assunto
estava escrito no livro, isso nos mostra que o livro aliena o aluno e
que o professor tem sua parcela de culpa, pois não observa os possíveis
erros no livro em questão.
Um livro deve ensinar em conjunto com o professor, pois eles guiarão o
aluno para uma futura profissão, então ambos devem fazer a diferença em
relação a ciência que irão expor.
Outro problema muito grande nos livros didáticos são as propagandas
políticas que eles trazem, na parte de geografia humana de um livro
didático muitas vezes trazem idéias contrarias aos governos vigentes ou
simplesmente trabalham como propaganda pró-governo mostrando a
realidade de uma forma que ela realmente não é, com idéias positivistas
de uma utopia, onde a sociedade tem comida na mesa, emprego para todos
e educação e saúde nas alturas, vergonhosamente isto seria um equivoco
pois o livro didático como falei anteriormente tem o dever ou pelo
menos tentar ser o mais real possível da ciência em questão, no caso a
geográfica, porém como o ensino é publico e as ciências vem com o viés
ideológico de cada autor, os livros didáticos sempre virão ou a favor
do governo com idéias positivistas e utópicas ou contra o governo
criticando e esquecendo o compromisso com a verdade da realidade
geográfica, isso é visto desde a década de 80 aonde vimos que as
correntes geográficas se digladiavam umas com as outras a quantitativa
positivista contra a critica, uma em prol do governo e a outra contra.
Enfim com esses problemas levantados o que devemos fazer? Cruzar os
braços e fingir que os problemas não existem? Bom como uma solução para
que isso não aconteça, devemos, como professores responsáveis que
somos, analisar de forma critica o livro que iremos propor para nossos
alunos para que não caiamos ,nem eles caiam, nos problemas mencionados
acima, pois "Não devemos ver o livro didático, como um instrumento
único e perfeito, com todas as respostas feitas e finalizadas." (PAULEK
2009), pois então seremos tão culpados em ensinar alunos alienados e
equivocados quanto os autores sem compromisso com a ciência geográfica,
a pedagogia e muito menos com o diploma "conquistado" por ele.
Autor: Francisco Augusto Tavares
http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/o-livro-didatico-de-geografia-como-ferramenta-de-alienacao-2119558.html
Autor: Francisco Augusto Tavares
http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/o-livro-didatico-de-geografia-como-ferramenta-de-alienacao-2119558.html